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Blogue do Gato

Este gato habitou as capas da revista PCGuia durante muitos anos. Agora tem uma coluna na secção Boot de cada número em que dá uma visão felina acerca de tecnologias.

Blogue do Gato

Este gato habitou as capas da revista PCGuia durante muitos anos. Agora tem uma coluna na secção Boot de cada número em que dá uma visão felina acerca de tecnologias.

25 Nov, 2008

A XBox 360 2.0


Na passada quinta-feira, a Microsoft disponibilizou a nova interface de utilização para a XBox 360.
Nada tem a ver com o que existia, é completamente 3D, com um sistema de ecrãs que fazem lembrar o que o Windows Vista mostra quando se carrega nas teclas Windows+TAB.
O utilizador pode agora criar um avatar também em 3D que o identifica perante os outros utilizadores se usar a rede Xbox Live para jogar.
Mas, para mim, a grande novidade, é a possibilidade de "ripar" os jogos para o disco rígido da consola acabando com infindáveis tempos de carregamento de antigamente. No entanto precisa sempre de ter o DVD do jogo na drive para que possa jogar.
Segundo a Microsoft, foram também lançados novos serviços de streaming de filmes e séries.
Digo "segundo a Microsoft", por aqui, no jardim à beira-mar plantado, esses novos serviços não passam de uma miragem, muito, muito ao longe...

Saiu a primeira condenação em Portugal de uma pessoa por partilha de ficheiros na Internet.
A queixa foi feita em 2006 e só agora é que sai uma decisão do tribunal...
É impressionante!
Esse utilizador foi apanhado graças a uma listagem de endereços enviada pelas entidades que gerem os direitos de autor. Em Março deste ano, o Tribunal de Justiça da Comunidade Europeia decidiu que se tem que proteger a identidade de todos os utilizadores que usam este tipo de sistemas, por isso uma condenação deste tipo usando este meio de investigação vai ser mais complicada no futuro.
Os problemas com tudo isto estão nas leis e nas cedências que os legisladores fazem aos grandes produtores de conteúdos, principalmente os americanos, aos distribuidores e na gestão de direitos completamente caótica em que toda a gente quer ganhar qualquer coisa.
Um bom exemplo disto são as séries de TV que estão quase todas disponíveis por exemplo no Itunes... Americano... No site português não há nada!
Já ouviram falar do Netflix? É um serviço de streaming de filmes via Net, disponível nos EUA e só nos EUA.
Noutro dia recebemos um press release a dar conta dos novos serviços de streaming de filmes disponíveis com a nova interface da XBox 360. Que estão todos disponiveis nos mais diversos paises, menos em Portugal. É como dizer que se tem um óptimo carro mas não há estradas para o usar...
O preço de 99 centimos por cada música no Itunes também é demais se fizer as contas compensa mais comprar o CD na loja. Ah, e só se podem usar as músicas se tiver um Ipod...
Está provado, que se for dada a hipótese de comprar conteúdos legais a preços justos, as pessoas não copiam. Não são necessários sistemas de protecção que custam milhões, processos e recursos gastos em investigações.
Basta usar a cabeça e alterar os modelos de negócio.
Mas, como sempre, segue-se o caminho mais fácil...


Eu evito escrever sobre o Magalhães porque a torrente de anedotas, opiniões, comunicados, gaffes e parvoice que por aí anda diz tudo.
Mas há uma coisa que posso dizer, porque, até ver, ainda ninguém falou disso.
Quem escolheu o Classmate PC da Intel (leia-se Magalhães) para "computador oficial" das escolas portuguesas de certeza que não olhou para mais nada.
Também existe o computador OLPC (One Laptop Per Child), concebido pelo MIT, que, do ponto de vista dos objectivos propostos, teria sido uma opção muito mais racional por várias razões:
Começando por falar do preço, o OLPC na Amazon já com software, sem subsídio, custa 199 dólares, o Magalhães custa 285 euros na FNAC também sem subsídio.
Seguindo para o hardware, se houvesse uma razão de peso para escolher o Classmate como por exemplo um processador muitissimo mais potente, muito mais espaço em disco ou mais ligações ainda se entendia... Mas ambos os computadores são muito parecidos neste campo, com excepção para a inclusão de um disco rígido mecânico no Classmate que dá a vantagem de oferecer mais espaço de armazenagem, o que pode ser uma desvantagem, porque se é uma máquina criada para miudos da primária não é lá muito boa política incluir hardware que não se dá nada bem com quedas como são os discos rígidos tradicionais. O Classmate tem um processador um pouco mais potente, principalmente se for a versão 2 que utiliza um Atom, mas isso paga-se em tempo de bateria.
Por fora, o OLPC tem um teclado em borracha do tipo Spectrum, o Classmate tem teclas normais que são muito boas para arrancar, principalmente se tiver 6 ou 7 anos de idade e andar na escola.
O pad do Classmate é igual ao que vem em qualquer portátil de gama baixa, o do OLPC é muito grande e permite a utilização dos dedos ou de uma caneta para escrever manualmente.
O OLPC pode ser usado como livro digital porque o ecrã roda, desliga a retroiluminação e muda para um modo de funcionamento monocromático, para que se possa usar à luz do sol.
Se isto não são razões suficientes passemos para o software...
No OLPC pode-se optar por máquinas com Linux ou Windows XP, o software incluido permite a ligação automática entre todas as máquinas com ou sem o controlo do computador do professor que pode estar a emitir uma aula directamente para todas as máquinas que estão na sala de aula.
O Classmate... Bem o classmate inclui muito bom software, que serve para os alunos trabalharem sozinhos...
Daí talvez os computadores desaparecem das salas de aula depois das apresentações.
Posto isto, espero que da próxima vez se pense um bocado nos públicos-alvo, nos objectivos e na forma de os alcançar antes de se tomar uma decisão e que não se olhe apenas para os dividendos de todas as espécies que se possam tirar da iniciativa.
Afinal de contas não estamos a falar só de um negócio, mas da educação dos nossos filhos...
Se quiser saber mais sobre o OLPC clique aqui.
17 Nov, 2008

Mirror's Edge


Este jogo para PS3, XBox 360 e PC, reinventa o género das aventuras na primeira pessoa. Não é um FPS (First Person Shooter), não é um Sneak-em-up e também não é um jogo de plataformas.
Em Mirror's Edge o jogador controla Faith uma "runner", que faz entregas de mercadorias sensiveis usando os telhados da cidade como estradas, saltando, trepando e equilibrando-se em todos os objectos de consegue encontrar. Os criadores deste jogo inpiraram-se no Parkour para criar a forma como Faith se movimenta.
É aqui que está a originalidade deste jogo.
Não é um jogo muito violento, embora por vezes Faith se tenha que defender o que dá origem a algumas lutas corpo a corpo. Mas acima de tudo é um jogo que põe a cabeça a trabalhar para encontrar o melhor caminho entre o ponto A e o ponto B sem cair.
Dê uma vista de olhos ao site do jogo clicando aqui.
Ainda não consegui deixar de jogar...

Actualização

Pois é depois de completar vários níveis fui capaz de deixar de jogar...
Ao fim de algum tempo este jogo torna-se tão repetitivo que consegue adormecer qualquer um...


A técnica de fotografia Tilt-Shift faz com que o que está a ser fotografado pareça estar em miniatura. Isto consegue-se através de uma ilusão de óptica criada por desfocagens em zonas chave da imagem. Existem várias forma de se conseguir este efeito, tanto através da utilização de equipamento de fotografia especial ou através da utilização de software de edição de imagem como o Photoshop.
De qualquer maneira, o efeito é, normalmente, espectacular.
Se quiser ver alguns exemplos e ver como se faz clique aqui.



Chris Anderson, director da revista Wired, deu uma entrevista a Carlos Vaz Marques da TSF no seu programa Pessoal e Transmissível a propósito do seu novo livro "Free".
Nesta conversa Chris Anderson fala da sua visão sobre como a tecnologia e a Internet estão a mudar a forma como vivemos, produzimos e compramos.
Se quiser ouvir esta entrevista ao director da "Biblia" clique aqui.