A ciência do conto do vigário
Uma notícia que vi no site da Maximum PC chamou-me a atenção: porque é que os tipos que escrevem aqueles emails a dizer que são homens de negócios, ou membros da realeza africana, mais propriamente nigeriana, a pedir dinheiro para libertar uma fortuna que está presa num qualquer banco do país, dizem que vêm da Nigéria e não do Vietname ou do Peru?
Segundo um estudo elaborado por um senhor chamado Cormac Herley da Microsoft a coisa funciona assim:
"A nossa análise levou-nos a concluir que, apesar das histórias sobre riquezas vindas de África serem pouco convincentes, funcionam em benifício do atacante e não contra ele. Como este tipo de ataques têm uma taxa muito baixa de pessoas que acreditam neles, os atacantes têm uma necessidade imperiosa de reduzir os falsos positivos. Enviando um email que repele todos menos os que são realmente "otários" obriga os alvos potenciais a "auto escolherem-se" fazendo com que o rácio de falsos versus positivos fique a favor do atacante."
Resumindo:
As pessoas que fazem estes ataques aprenderam a escolher a nata dos otários, o 1% do topo do ranking dos mais fáceis de convencer que existe algo chamado dinheiro fácil.
Se quiserem saber mais aqui está o link para o estudo (pdf em inglês).